Tratamentos para ajudar no desenvolvimento de crianças com autismo
A ciência ainda não descobriu a causa do autismo, porém vale relembrar que a crença da mãe geladeira foi extinta a muito tempo.
Estudos apontam indícios, biológicos, neurológicos entre outros, mas nenhuma hipótese isolada esta confirmada, por isso a importância de um tratamento multiprofissional, para que todas as demandas prejudicadas sejam trabalhadas podendo ajudar no desenvolvimento da criança.
Profissionais que podem ajudar: Psicólogo, Médico, Fonoaudiólogo, Psicopedagogo, Pedagogo, Nutricionista, Terapeuta Ocupacional, Educador Físico, entre outros.
Os tipos de tratamentos conhecidos para ajudar as pessoas com autismo:
- Son-Rise
No início dos anos 70, o casal Barry e Samahria Kaufman, fundadores do Programa Son-Rise®, ouviram dos especialistas que não havia esperança de recuperação para seu filho Raun, diagnosticado com autismo severo e um QI abaixo de 40. Decidiram porém acreditar na ilimitada capacidade humana para a cura e o crescimento, e puseram-se à procura de uma maneira de aproximar-se de Raun. Foi a partir da experimentação intuitiva e amorosa com Raun, há cerca de 30 anos atrás, que eles desenvolveram o Programa Son-Rise. Raun se recuperou de seu autismo após 3 anos e meio de trabalho intensivo com seus pais. Ele continuou a se desenvolver de maneira típica, cursou uma universidade altamente conceituada e agora é o CEO do Autism Treatment Center of América, fundado por seus pais em Massachusetts, nos EUA. Desde a recuperação de Raun, milhares de crianças utilizando o Programa Son-Rise têm se desenvolvido muito além das expectativas convencionais, algumas delas apresentado completa recuperação.
O Programa Son-Rise é centrado na criança (ou no adulto com autismo). Isto significa que o tratamento parte do desenvolvimento inicial de uma profunda compreensão e genuína apreciação da criança, de como ela se comporta, interage e se comunica, assim como de seus interesses. O Programa Son-Rise descreve isto como o “ir até o mundo da criança”, buscando fazer a ponte entre o mundo convencional e o mundo desta criança em especial. Com esta atitude, o adulto facilitador vê a criança como um ser único e maravilhoso, não como alguém que precisa “ser consertado”, e pergunta-se “como eu posso me relacionar e me comunicar melhor com essa criança?” Quando a criança sente-se segura e aceita por este adulto, maior é a sua receptividade ao convite para interação que o adulto venha a fazer.
- ABA - Análise Aplicada do comportamento
O ABA foi desenvolvido pelo Dr. O. I. Lovaas da Universidade da Califórnia do Norte em Los Angeles, sendo umas das terapias mais conhecidas para se trabalhar com os autistas. Consiste em ensinar habilidades dividindo-as em etapas e recompensando as respostas corretas. Esta terapia pode ser usada para corrigir comportamentos e também para ajudar a adquirir novas habilidades. O ABA é utilizado geralmente de 30 a 40 horas por semana individualmente, com a ajuda de um profissional. Esta terapia influenciou muitas outras.
- PECS- Picture Exchange Communication System (Comunicação usando trocas de fotos)
A comunicação é uma das muitas áreas afetadas pelo autismo e o PECS é um processo auxiliar no desenvolvimento da linguagem e propõe-se a implementar um "caminho" de comunicação entre o autista e o meio que o cerca. Algumas crianças autistas desenvolvem a chamada linguagem tradicional, entretanto, outras talvez nunca falem, mas poderão utilizar um instrumento preciso para se relacionarem ("falar") com o mundo e expressarem seus anseios e desejos.
O PECS é esse instrumento fundamental para assessorar e compreender a rotina do autista. Criado há mais de 12 anos pelo Delaware Autistic Program, esse método baseia-se no ABA (Applied Behavior Analysis) e ensina o autista a trocar uma foto por algo que deseja.
- Floor time - O modo educacional desenvolvido pelo psiquiatra infantil Stanley Greenspan, o Floor Time funciona como uma terapia que cria a interação entre a criança e o adulto através de brincadeiras, em um desenvolvimento baseado em seqüências.
- Terapias Suplementares:
1) Terapia Ocupacional - para ajudar as atividades diárias de aprendizagem;
problemas sensoriais; dificuldades motoras. Nos Estados Unidos da América
do Norte os problemas sensoriais são trabalhados, na maioria dos casos,
com a assistência de terapeutas ocupacionais.
2) Fonoaudiologia - como suporte para a oralidade, para superar eventuais
dislexias iniciar um método de comunicação (nos EUA os fonoaudiólogos dão
assistência às crianças autistas com o auxílio do PECS e também através de
experiências com interações sensoriais).
3) Terapia Musical - Esse tipo de terapia é muito bem respondido pelos autistas
por gostarem de música e sentirem o forte apelo dos sons e dos ritmos. Os
objetivos serão diferentes de criança para criança (contato visual, seqüência,
promover a cognição motora, aprendizado, organização, comunicação,
socialização, etc.). A música mantém a atenção estimula e utiliza muitas
partes do cérebro.
4) Fisioterapia - O autista pode ser beneficiado pela fisioterapia se apresentar
problemas com rigidez e/ou fraqueza muscular, atraso nas expectativas
físicas como sentar, andar; falta de coordenação motora, dificuldade em se
locomover falta de percepção do espaço, postura anormal, dores
generalizadas, etc.
5) Eqüoterapia - Trabalho com cavalos focalizando principalmente a
psicomotricidade. O movimento rítmico do cavalo é
usado como terapia e ajuda o autista na interação sensorial possibilitando-lhe
atingir uma melhor adequação entre
suas ações e suas emoções (seu comportamento).
6) Hidroterapia - Esta terapia também traz muitos benefícios à interação social.
Usa os movimentos, exercícios que são feitos na água. É praticada em
piscina com água temperada (nem muito quente nem muito fria), e estimula
não só o físico, mas o contato social.
Site com maiores informações sobre tratamentos: http://www.autimismo.com.br
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