segunda-feira, 18 de março de 2013

Noção Corporal por que trabalhar durante a psicoterapia

Sabemos que uma criança com autismo tem dificuldades na comunicação verbal e não-verbal (gestos e expressões), uma das maiores dificuldades que percebo nos anos de convivência de famílias com pessoas com autismo, é que devido esta dificuldade na linguagem a criança não consegue informar o que esta sentindo, exemplo: a criança chora, os pais podem se sentir impotentes por não conseguir ajudar seu filho e entender o que esta acontecendo naquele momento, podendo ser dor física ou uma emoção forte (feliz, bravo ou triste) com alguma coisa que aconteceu.
 
Uma das primeiras atitudes que devemos ter é calma para auxiliar uma criança com ou sem autismo, pois somos o modelo de referência para aquele indivíduo, queremos ser o modelo de calma, assim podemos utilizar recursos para ajudá-los.
 
Quando suspeitamos de dor, a ansiedade pode ser maior para lidar com a situação, então como profissional gostaria de sugerir uma idéia para trabalhar com a criança noção corporal, pois sabendo as partes do corpo, a chance da criança mostrar onde está a dor é bem maior.
 
Pensando em uma criança que gosta do personagem da turma da Mônica, elaborei este material, que pode ser feito de vários tamanhos e jeitos, com outro personagem.
 



 
Para fazer utilizei cartolina, impressões da internet, papel contact e velcro adesivo.
 
 
Eesta habilidade pode ser trabalhada de outras formas, use a sua criatividade, use músicas, recurso do espelho, fantasias, na hora de tomar banho nomei o que esta sendo lavado e/ou secado, para que a criança vá se apropriando e internalizando estas informações, acredite no potencial de sua criança.
 
Abraços
Sabrina Gomes
 
 

Material para trabalhar discriminação de cores

Bom dia pessoal!

Segunda-Feira chuvosa, bom dia para preparar e pensar em atividades para os pequenos.

Hoje como sugestão para pais e profissionais (psicoterapeutas e pedagogos), vou colocar a foto de um jogo que me emprestaram na escola para trabalhar discriminação de cores.

Para os pequenos que gostam de galinha pintadinha, podemos ampliar com outros personagens.

Na terapia ABA - uma forma diferente de parear cores
No programa son rise - uma forma de solicitação com meta acadêmica


 
 Acredito que este jogo não é muito caro, podemos confeccionar em casa utilizando nossa impressora e plastificar com contact e dar asas a nossa imaginação utilizando o personagem que seu filho, paciente ou aluno com autismo gostem. 

Abraços.

segunda-feira, 4 de março de 2013

Tratamentos para ajudar no desenvolvimento de crianças com autismo

Ao receber o diagnóstico de autismo em seu filho(a), é importante que os familiares busquem se informar sobre os tratamentos e aquele que melhor atende as demandas de sua criança.

A ciência ainda não descobriu a causa do autismo, porém vale relembrar que a crença da mãe geladeira foi extinta a muito tempo.

Estudos apontam indícios, biológicos, neurológicos entre outros,  mas nenhuma hipótese isolada esta confirmada, por isso a importância de um tratamento multiprofissional, para que todas as demandas prejudicadas sejam trabalhadas podendo ajudar no desenvolvimento da criança. 

Profissionais que podem ajudar: Psicólogo, Médico, Fonoaudiólogo, Psicopedagogo, Pedagogo, Nutricionista, Terapeuta Ocupacional, Educador Físico, entre outros. 

Os tipos de tratamentos conhecidos para ajudar as pessoas com autismo:



  • Son-Rise


No início dos anos 70, o casal Barry e Samahria Kaufman, fundadores do Programa Son-Rise®, ouviram dos especialistas que não havia esperança de recuperação para seu filho Raun, diagnosticado com autismo severo e um QI abaixo de 40. Decidiram porém acreditar na ilimitada capacidade humana para a cura e o crescimento, e puseram-se à procura de uma maneira de aproximar-se de Raun. Foi a partir da experimentação intuitiva e amorosa com Raun, há cerca de 30 anos atrás, que eles desenvolveram o Programa Son-Rise. Raun se recuperou de seu autismo após 3 anos e meio de trabalho intensivo com seus pais. Ele continuou a se desenvolver de maneira típica, cursou uma universidade altamente conceituada e agora é o CEO do Autism Treatment Center of América, fundado por seus pais em Massachusetts, nos EUA. Desde a recuperação de Raun, milhares de crianças utilizando o Programa Son-Rise têm se desenvolvido muito além das expectativas convencionais, algumas delas apresentado completa recuperação.

O Programa Son-Rise é centrado na criança (ou no adulto com autismo). Isto significa que o tratamento parte do desenvolvimento inicial de uma profunda compreensão e genuína apreciação da criança, de como ela se comporta, interage e se comunica, assim como de seus interesses. O Programa Son-Rise descreve isto como o “ir até o mundo da criança”, buscando fazer a ponte entre o mundo convencional e o mundo desta criança em especial. Com esta atitude, o adulto facilitador vê a criança como um ser único e maravilhoso, não como alguém que precisa “ser consertado”, e pergunta-se “como eu posso me relacionar e me comunicar melhor com essa criança?” Quando a criança sente-se segura e aceita por este adulto, maior é a sua receptividade ao convite para interação que o adulto venha a fazer.


  • ABA - Análise Aplicada do comportamento
O ABA foi desenvolvido pelo Dr. O. I. Lovaas da Universidade da Califórnia do Norte em Los Angeles, sendo umas das terapias mais conhecidas para se trabalhar com os autistas. Consiste em ensinar habilidades dividindo-as em etapas e recompensando as respostas corretas. Esta terapia pode ser usada para corrigir comportamentos e também para ajudar a adquirir novas habilidades. O ABA é utilizado geralmente de 30 a 40 horas por semana individualmente, com a ajuda de um profissional. Esta terapia influenciou muitas outras. 

  • PECS- Picture Exchange Communication System (Comunicação usando trocas de fotos)

A comunicação é uma das muitas áreas afetadas pelo autismo e o PECS é um processo auxiliar no desenvolvimento da linguagem e propõe-se a implementar um "caminho" de comunicação entre o autista e o meio que o cerca. Algumas crianças autistas desenvolvem a chamada linguagem tradicional, entretanto, outras talvez nunca falem, mas poderão utilizar um instrumento preciso para se relacionarem ("falar") com o mundo e expressarem seus anseios e desejos. 
O PECS é esse instrumento fundamental para assessorar e compreender a rotina do autista. Criado há mais de 12 anos pelo Delaware Autistic Program, esse método baseia-se no ABA (Applied Behavior Analysis) e ensina o autista a trocar uma foto por algo que deseja.
  •  Floor time - O modo educacional desenvolvido pelo psiquiatra infantil Stanley Greenspan, o Floor Time funciona como uma terapia que cria a interação entre a criança e o adulto através de brincadeiras, em um desenvolvimento baseado em seqüências.
  • Terapias Suplementares:

      Essas terapias dão suporte a outras e os programas são adaptados às necessidades de cada indivíduo.
        Procure profissionais que demonstrem conhecimentos sobre o autismo e os métodos de trabalhar com eles.
          São elas:
              1) Terapia Ocupacional - para ajudar as atividades diárias de aprendizagem;
                 problemas sensoriais; dificuldades motoras. Nos Estados Unidos da América
                 do Norte os problemas sensoriais são trabalhados, na maioria dos casos,
                 com a assistência de terapeutas ocupacionais.
             
              2) Fonoaudiologia - como suporte para a oralidade, para superar eventuais
                 dislexias iniciar um método de comunicação (nos EUA os fonoaudiólogos dão
                 assistência às crianças autistas com o auxílio do PECS e também através de
                 experiências com interações sensoriais).
             
              3) Terapia Musical - Esse tipo de terapia é muito bem respondido pelos autistas
                  por gostarem de música e sentirem o forte apelo dos sons e dos ritmos. Os
                  objetivos serão diferentes de criança para criança (contato visual, seqüência,  
                  promover a cognição motora, aprendizado, organização, comunicação,
                  socialização, etc.). A música mantém a atenção estimula e utiliza muitas
                  partes do cérebro.
             
              4) Fisioterapia - O autista pode ser beneficiado pela fisioterapia se apresentar
                  problemas com rigidez e/ou fraqueza muscular, atraso nas expectativas
                  físicas como sentar, andar; falta de coordenação motora, dificuldade em se 
                  locomover falta de percepção do espaço, postura anormal, dores 
                  generalizadas, etc.

              5) Eqüoterapia - Trabalho com cavalos focalizando principalmente a 
                  psicomotricidade. O movimento rítmico do cavalo é   
                 usado como terapia e ajuda o autista na interação sensorial possibilitando-lhe 
                 atingir uma melhor adequação entre   
                 suas ações e suas emoções (seu comportamento). 
           
              6) Hidroterapia - Esta terapia também traz muitos benefícios à interação social. 
                  Usa os movimentos, exercícios que são feitos na água. É praticada em 
                  piscina com água temperada (nem muito quente nem muito fria), e estimula 
                  não só o físico, mas o contato social.  


          Site com maiores informações sobre tratamentos: http://www.autimismo.com.br 



          domingo, 3 de março de 2013


          Os primeiros sinais de autismo


          Seis (6) em cada 1.000 crianças pode ser autista. Ninguém sabe o que causa este transtorno, e não há nenhuma cura conhecida, no entanto, a pesquisa indicou que a detecção precoce pode proporcionar um melhor prognóstico para o futuro.


          Diagnosticar o autismo pode ser complicado, pois não existe um teste médico disponível para os médicos realizarem. Muitas vezes, a única maneira de um médico suspeitar que uma criança é autista é através da observações dos seus pais.


          Os primeiros sinais de autismo variam de acordo com a idade e é importante para determinar a detecção precoce de alguém que pode ter autismo. Especialistas dizem que você não pode diagnosticar com precisão uma criança com autismo, até que ele ou ela é pelo menos 3 anos de idade. 


          Há, no entanto, os primeiros sinais de autismo em bebês e crianças pequenas que devem ser monitorados quanto a criança cresce. Estas podem incluir o seguinte:


          - A falta de sorrir aos 6 meses de idade;- Ausência de balbuciar e usando gestos com a idade de 12 meses;- Não estar dizendo todas as palavras em tudo por menos de 16 meses;- Incapaz de dizer frases aos 2 anos de idade;- A perda de habilidades verbais ou social;- Evitar contato com os olhos;- Parecendo não ter conhecimento das pessoas em torno dele ou dela.


          Porque o autismo é tão difícil de diagnosticar, casos não reconhecidos podem se materializar em crianças mais velhas. Desde estágios de desenvolvimento são mais para a frente, muitos pais acham mais fácil reconhecer os primeiros sinais de autismo, uma vez seus filhos atingem a idade de 5 anos. Coisas a observar incluem:


          - A falta de resposta ao seu nome;- Incapacidade de se comunicar quer e deseja;- Atraso competências linguísticas;- Incapacidade de seguir instruções simples;- Intensas ou violentas explosões de raiva;- Hiperatividade e não é coperativo;- Falta de conhecimento para brincar com brinquedos;- Solidão preferido; * Alto nível de independência;- Andando nas pontas dos pés;- A necessidade de seguir padrões repetitivos;- Excessivo apego a um brinquedo.- É importante perceber que qualquer um ou todos os sinais precoces de autismo acima poderia apontar para muitas outras condições médicas, apenas porque uma criança apresenta alguns dos sintomas ou comportamentos autista não significa que eles são necessariamente autista. Se seu filho tem algum destes atributos, converse sobre as suas preocupações com o seu pediatra.



          Tradução e Edição : SA Asperger e correção de termos Sabrina Gomes 
          Bem vindos ao meu blog!

          Nele pretendo divulgar informações sobre desenvolvimento infantil e autismo.

          Espero que gostem!