segunda-feira, 3 de março de 2014

ESCOLA, ESCOLHA E SENTIMENTO DE INSEGURANÇA

Esta postagem é na verdade uma abertura para refletir sobre o tema que tem deixado muitos profissionais e pais "perdidos" e algumas dicas que considero importante na hora de escolher a escola.

Tema: Escola , escolha e sentimento de insegurança

Inclusão significa segundo o Aurélio:

s.f. Ação ou efeito de incluir. / Estado de uma coisa incluída. 

Qual seria a melhor escola para meu filho(a) com autismo? 

De acordo com minha experiência pessoal, tenho recebido por parte dos pais, muitas críticas e elogios durante o processo de inclusão escolar.
Por isso é importante pensar em detalhes importantes na hora de realizar uma escolha de escola para seu filho(a). 

Considero importante, antes de mais de tudo pensar no perfil da sua criança e então partir para o próxima etapa.
Quando falo em perfil da sua criança, quero que pense nas dificuldades e potencialidades (habilidades) de sua criança e leve em consideração na hora da escolha da escola.

Exemplos:
Criança tem necessidades sensoriais tais como: hipersensibilidade auditiva (não suporta o barulho da sala), necessidade de se movimentar (correr), entre outras (pular, balançar-se). A escola tem um espaço para que a criança possa realizar auto regulação sensorial?
Criança que não tem noção de perigo - A escola é segura?
Criança tem adora música e tem habilidade para tocar um instrumento - A escola pode usar este recurso? há aulas de música ?
Criança necessita de auxílio constante ou parcial na escola?

Pontos de observação para escolha da escola:
-Segurança;
-Aulas extras serão benéficas;
-Ambiente (grande ou pequeno);
-Número de educandos por sala;
-Tempo de permanência no ambiente escolar;
-Recursos (profissionais a disposição, materiais para utilizar, ambientes disponíveis, entre outros) para permanência na escola;
-Flexibilidade dos profissionais da escola para com sua criança;
-Tempo para comunicação (disponibilidade de tempo para conversar sobre sua criança)
-Metodologia (abordagem de ensino)
-entre outros, aqui coloquei alguns que considero primordiais.

Observação: Nem sempre é possível se ter a escola ideal, o que sempre temos é a escola REAL e palpável, então algum item poderá ficar a desejar, lembrando que o mais importante são as pessoas, os profissionais que ali estarão com seus pequenos(as), então estes devem ser o principal foco na hora da escolha.

Manter um bom relacionamento com as pessoas da comunidade escolar é fundamental, não cito somente os professores, acrescento o porteiro, administrador, recepcionista e a comunidade escolar como um todo.

Pensando agora nos pais que ali depositam sua confiança naquelas pessoas para inserir seus pequenos no ambiente de aprendizagem.

O Sentimento de insegurança permeiam o processo de inclusão. Por isso, é recomendável a comunicação frequente entre ambos (escola, pais e profissionais da criança), para um trabalho em sintonia.


SENTIMENTO DE INSEGURANÇA

Sentimento dos pais mais comum: Será que aquela professora vai conseguir ensinar meu filho?

Sentimento dos educadores: Será que eu vou conseguir ensinar algo para esta criança?

Quando o professor for convidado a dar aula para um educando com atraso no desenvolvimento, ele deve ter em "mente" que este é um trabalho em equipe e que sozinho conseguirá pouco.Os pais também devem refletir que quem mais conhece seu filho, são seus modelos primários "pai e mãe", sendo fundamental o trabalho em conjunto e o profissional da área (psicólogo, fonoaudiólogo, terapeuta ocupacional, entre outros) podem comunicar a escola e aos pais, suas técnicas e sugestões que estão sendo eficazes no tratamento. 

Dúvidas e Sugestões deve circular por todo o grupo, todos podem ter dúvidas, inclusive o profissional pode ter dificuldades, esta aí uma oportunidade de se conversar com o grupo para pensar em novas estratégias para o evento. Não existe certo ou errado. E sim tentativas, sendo que algumas funcionam e outras não funcionam mais tão bem como antes, e tudo bem! O importante é buscar tentativas, treinamento e informações. 

Alguns meios de comunicação que tem feito parte do meu cotidiano:
-Um grupo no facebook para cada criança (sugestão da minha colega de trabalho Vanessa Maioral), nele compartilhamos fotos, arquivos, vídeos e materiais entre os profissionais que trabalham com a criança;
-Um grupo no whatsapp para mensagens mais breves sobre o que aconteceu no dia;
- Além dos mais padronizados formalmente: emails e telefonemas. 

Tudo é válido, mas não dispensa encontros pessoais, as famosas reuniões para alinhar tudo. 

Abraços,
Sabrina Gomes






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