segunda-feira, 15 de setembro de 2014

QUADRO DE ROTINA

QUADRO DE ROTINA

Uma das ferramentas que usamos com pessoas com autismo é o quadro de rotina.

Este quadro de rotina servirá para ajudar a pessoa com autismo, ter maior previsibilidade dos eventos que irão acontecer durante o seu dia. Essa antecipação da rotina para a pessoa com autismo, ajudará a ter mais controle sobre os eventos, possibilitando maior controle e segurança dos acontecimentos. 

Haverá situações que a rotina pode mudar durante o dia, o que cabe a nós explicarmos e modificarmos o quadro também. 

Nele ensinamos noção temporal (dia, tarde, noite), clima do dia, dias da semana, horas, entre outras. Iremos acrescentando essas informações conforme a pessoa com autismo tiver compreendido a função do quadro e como ele funciona. 

Convide a pessoa com autismo a montar o quadro de rotina com você. Deixe espaços para que ela tenha o poder de escolha de uma das atividades do dia dela. 

Este quadro também é uma ferramenta que pode ser usada na escola.

A rotina poderá ajudar a pessoa com autismo a trabalhar funções executivas, em que ela gerenciará melhor seu tempo, organizará as informações, conseguirá visualizar as prioridades daquele momento. 

Experimente!!

Você pode confeccionar quadro na horizontal ou vertical.

HORIZONTAL

VERTICAL


Precisando de ajuda para confeccionar sua rotina, me escreva no email: sabrinaogomes@hotmail.com

Abraços. 




quarta-feira, 20 de agosto de 2014

UM AMBIENTE OTIMIZADO PARA APRENDIZAGEM

Olá Pessoal!


Uma questão que sempre me fazem,é, como ajudar a concentração da minha criança ou adolescente com autismo, então irei compartilhar o que aprendi nessa minha vivência com pessoas dentro do espectro. 

Pessoas com autismo em sua maioria tem um comprometimento no processamento sensorial. 
Algumas pessoas com autismo tem hipersensibilidade auditiva e não consegue ficar exposta a muitos ruídos, alguns sons elas conseguem suportar, outros leva as mãos aos ouvidos para amenizar a situação.
Não existe somente a sensibilidade a sons, existe a sensibilidade a toque (táctil), algumas são bem seletivas no paladar (não comem dependendo da textura), cheiros também podem incomodar. 

Há pessoas com autismo que são hipossensíveis e buscam cada vez mais aquele estímulo, apertões forte nos corpo, bater na cabeça, mordidinhas nas mãozinhas, buscando localizar aquele membro de seu corpinho, que está fora de sintonia com o conjunto.

Resumindo,  pessoas com autismo podem ter uma disfunção no processamento sensorial, por isso, estudos estão apontando que a terapia ocupacional especializada em integração sensorial pode favorecer a autorregulação da pessoa com autismo. 

Imagine que você está em um trânsito parado, carros buzinando, você está atrasado para o trabalho, como você não pode sair voando com seu carro, irá buscar uma maneira de se autorregular naquela situação e ficar no controle. Pessoas com autismo podem ter dificuldade de lidar com esta situação. Algumas fazem movimentos repetitivos com o corpo ou com a voz para se manterem no controle. Nós também buscamos formas de nos manter regulados como: ouvir música com fone de ouvido, ler um livro, mexer no celular. Porém a forma como nos regulamos é mais bem aceita socialmente, do que os comportamentos repetitivos e de isolamento das pessoas com autismo. Essa é uma das possível causas dos comportamentos repetitivos e de isolamento de pessoas com autismo, mas não é a única. 

Como agora sabemos que existe um motivo para que elas busquem fazer movimentos, pular, correr, tapar os ouvidos, se esconder no escuro, como ajudá-las a aprender algo?!!

Iremos preparar o ambiente que queremos trabalhar, ou seja, otimizá-lo para receber a pessoa. Esta dica também serve para escolas. 

- Fique em um ambiente sem ruídos, um quarto, no quintal, na sala;
- Tire objetos que podem machucar a pessoa;
- Prepare um momento para ficar sozinho com ela;
- Desligue objetos eletrônicos como a tv (desligue da tomada), desligue computadores, celulares, ipads;
- Retire brinquedos eletrônicos;
- Coloque brinquedos ou atividades do interesse da pessoa, se possível em prateleiras altas, para que a pessoa possa solicitar sua ajuda para pegar;
- Porta-retratos que podem distrair a criança; 
- Cartazes colados na parede;

Dicas de brinquedos que promovem a interação:

Bola
Papel e lápis de cor
Fantoches
Bonecos em pouca quantidade (2 ou 3)
Bola de Sabão
Bola de Pilates
Mini-trampolin
Livro

Otimizar o ambiente para trabalhar com seu filho e paciente, irá ajudá-lo bastante.

Segue exemplo:



Links de biografias utilizadas:



Abraços, 

Sabrina Gomes

segunda-feira, 3 de março de 2014

ESCOLA, ESCOLHA E SENTIMENTO DE INSEGURANÇA

Esta postagem é na verdade uma abertura para refletir sobre o tema que tem deixado muitos profissionais e pais "perdidos" e algumas dicas que considero importante na hora de escolher a escola.

Tema: Escola , escolha e sentimento de insegurança

Inclusão significa segundo o Aurélio:

s.f. Ação ou efeito de incluir. / Estado de uma coisa incluída. 

Qual seria a melhor escola para meu filho(a) com autismo? 

De acordo com minha experiência pessoal, tenho recebido por parte dos pais, muitas críticas e elogios durante o processo de inclusão escolar.
Por isso é importante pensar em detalhes importantes na hora de realizar uma escolha de escola para seu filho(a). 

Considero importante, antes de mais de tudo pensar no perfil da sua criança e então partir para o próxima etapa.
Quando falo em perfil da sua criança, quero que pense nas dificuldades e potencialidades (habilidades) de sua criança e leve em consideração na hora da escolha da escola.

Exemplos:
Criança tem necessidades sensoriais tais como: hipersensibilidade auditiva (não suporta o barulho da sala), necessidade de se movimentar (correr), entre outras (pular, balançar-se). A escola tem um espaço para que a criança possa realizar auto regulação sensorial?
Criança que não tem noção de perigo - A escola é segura?
Criança tem adora música e tem habilidade para tocar um instrumento - A escola pode usar este recurso? há aulas de música ?
Criança necessita de auxílio constante ou parcial na escola?

Pontos de observação para escolha da escola:
-Segurança;
-Aulas extras serão benéficas;
-Ambiente (grande ou pequeno);
-Número de educandos por sala;
-Tempo de permanência no ambiente escolar;
-Recursos (profissionais a disposição, materiais para utilizar, ambientes disponíveis, entre outros) para permanência na escola;
-Flexibilidade dos profissionais da escola para com sua criança;
-Tempo para comunicação (disponibilidade de tempo para conversar sobre sua criança)
-Metodologia (abordagem de ensino)
-entre outros, aqui coloquei alguns que considero primordiais.

Observação: Nem sempre é possível se ter a escola ideal, o que sempre temos é a escola REAL e palpável, então algum item poderá ficar a desejar, lembrando que o mais importante são as pessoas, os profissionais que ali estarão com seus pequenos(as), então estes devem ser o principal foco na hora da escolha.

Manter um bom relacionamento com as pessoas da comunidade escolar é fundamental, não cito somente os professores, acrescento o porteiro, administrador, recepcionista e a comunidade escolar como um todo.

Pensando agora nos pais que ali depositam sua confiança naquelas pessoas para inserir seus pequenos no ambiente de aprendizagem.

O Sentimento de insegurança permeiam o processo de inclusão. Por isso, é recomendável a comunicação frequente entre ambos (escola, pais e profissionais da criança), para um trabalho em sintonia.


SENTIMENTO DE INSEGURANÇA

Sentimento dos pais mais comum: Será que aquela professora vai conseguir ensinar meu filho?

Sentimento dos educadores: Será que eu vou conseguir ensinar algo para esta criança?

Quando o professor for convidado a dar aula para um educando com atraso no desenvolvimento, ele deve ter em "mente" que este é um trabalho em equipe e que sozinho conseguirá pouco.Os pais também devem refletir que quem mais conhece seu filho, são seus modelos primários "pai e mãe", sendo fundamental o trabalho em conjunto e o profissional da área (psicólogo, fonoaudiólogo, terapeuta ocupacional, entre outros) podem comunicar a escola e aos pais, suas técnicas e sugestões que estão sendo eficazes no tratamento. 

Dúvidas e Sugestões deve circular por todo o grupo, todos podem ter dúvidas, inclusive o profissional pode ter dificuldades, esta aí uma oportunidade de se conversar com o grupo para pensar em novas estratégias para o evento. Não existe certo ou errado. E sim tentativas, sendo que algumas funcionam e outras não funcionam mais tão bem como antes, e tudo bem! O importante é buscar tentativas, treinamento e informações. 

Alguns meios de comunicação que tem feito parte do meu cotidiano:
-Um grupo no facebook para cada criança (sugestão da minha colega de trabalho Vanessa Maioral), nele compartilhamos fotos, arquivos, vídeos e materiais entre os profissionais que trabalham com a criança;
-Um grupo no whatsapp para mensagens mais breves sobre o que aconteceu no dia;
- Além dos mais padronizados formalmente: emails e telefonemas. 

Tudo é válido, mas não dispensa encontros pessoais, as famosas reuniões para alinhar tudo. 

Abraços,
Sabrina Gomes