sexta-feira, 16 de agosto de 2013

VAMOS TOMAR BANHO?

Dicas para ajudar na hora do banho do seu filho(a) com autismo:

Como que é a hora de tomar banho?? 

Se a resposta foi negativa, pretendo colocar um pouco do que já utilizei para ajudar este momento que tanto queremos que nossos pequenos conquistem autonomia.

Investigue o porque seu filho(a) com autismo não gostam do banho, algumas questões:

- ele não quer parar algo que está fazendo?
- dificuldade sensorial (investigue a temperatura);
- observe se ele prefere tomar banho na banheira ou em pé no chuveiro.

QUE TAL TORNAR O BANHO DIVERTIDO?

- o que pode ser motivador para seu filho(a) ir para o banho;
- RESERVE TEMPO, para que não seja desesperador este momento, se tiver um compromisso ás 13, comece o processo 2 horas antes, assim terá bastante tempo para se divertir sem preocupação, aos poucos este tempo irá diminuir, pode acreditar;
- coloque na rotina diária o momento do banho, uma foto da criança


-  você pode levar um personagem para tomar banho antes e fazer um show;
- coloque um maiô e mãos a obra, mamãe entra no banho;
- leve alguns objetos divertidos e se possível o interesse da sua criança, hoje em dia existem bastante brinquedos para o momento do banho. Você pode até montar uma prateleira no banheiro com objetos de interesse de sua criança, um saquinho como este abaixo para organizar ou um baldinho;

- esponjas divertidas, macia, áspera;


-Luvas de personagens;
- Desenhar na hora do banho, pode ser super legal,  utilizo até para pintar a parte do corpo da criança e exagerar na hora de dizer : "sujouuuuuu, vamos lavar sua mãooooo mãooo mãooo", ou pode-se desenhar a parte do corpo no box ou azulejo que a criança terá que lavar, entre outros;


- livro , existem muitos livros hoje em dia para a hora do banho de plástico;


- Música, isso mesmo... leve música para o banho;


- Passos para o banho;



- celebre qualquer participação do seu filho(a), qualquer, até mesmo olhar para o seu show antes;
- se naquele momento não deu certo, pense se este banho possa ser adiado para outro horário, onde possa tentar novamente com mais tempo e calma; 
- Não espere seu filho(a) ficar irritado(a), não precisa fazer tudo de uma vez, lave o principal e celebre muito a criança;
- busque não usar palavras negativas, acredite , ele vai conseguir, seja persistente;
- dê o modelo, faça em você e depois peça que faça o mesmo.

PARA SAIR DO BANHO:

- Sempre avise com antecedência quanto tempo falta para acabar o banho;
- Use um marcador visual, relógio, timer que faz um barulho informando que terminou o banho;



Gostaria que se pudessem colocassem depoimentos do que já tentaram e deram certo neste momento, para que possamos compartilhar com todos. 
Beijos.

Boa diversão!





sexta-feira, 9 de agosto de 2013

Método de comunicação HANEN

Eu estava lendo o depoimento de uma mãe que conseguiu que seu filho com autismo saísse do espectro e uma das profissionais que trabalharam é especialista neste método. Achei o blog desta mãe falando do Hanen e achei muito fácil a leitura http://maria-umserespecial.blogspot.com.br/2012/09/metodo-hanen.html, acho que são dicas valiosas e quis compartilhar. 



MÉTODO HANEN


O método Hanen foi criado em 1977 por Ayala Manolson, terapeuta da fala canadense. É dirigido a pais cujos filhos sejam portadores de retardo de linguagem de qualquer etiologia e consiste em ensinar os pais a estimular a comunicação dos filhos. É claro que nós pais já adoptamos as nossas próprias estratégias contudo este método permite utilizar tudo o que fazemos ao longo dia como um meio para suscitar a comunicação de uma forma mais consistente e eficaz. 

Resumo de algumas dicas do curso Hanen

- Coloque objetos ou os alimentos que gosta `a sua vista mas onde ela não alcance.

- Use brinquedos que ela não sabe acionar. Ela terá que pedir ajuda.

- Quando ela estiver correndo ponha-se na frente dela impedindo a sua
passagem assim ela deverá se manifestar.

- Faça coisas inesperadas . Coloque seu sapato nele, a meia na mão, a
bolacha no copo, o leite no prato.

- Faça com que a criança repita com outras pessoas as brincadeiras que ela costuma fazer com você.

- Finja que não sabe onde estão as coisas.

- Finja que algo está quebrado (chave, torneira, etc.)

- Quando estiverem montando um quebra - cabeças dê todas as peças menos uma para que ela tenha que pedir a última.

- Na brincadeira de esconde esconde vá descrevendo os lugares ex.: Luiz não está no quarto.

- Mostre sempre as coisas que ela não goste primeiro para que ela diga não.

- Sempre dê opções diferentes - Você quer a bola grande ou pequena ?

- Envolva a criança na rotina do lar.

- Envolva a criança no preparo do lanche.

- Use o elemento surpresa - Uma foto sua no meio de um livro, o ursinho dele pendurado no varal.

- Para facilitar a resposta diga: - Eu quero suco, e você o que quer ?

- Em vez de dizer : Por que você está chorando? diga: Você está chorando. Você está brava ?

- Faça um caderno de comunicação com a escola.

- Faça um diário com figuras para que vocês possam conversar sobre coisas que já aconteceram.

- Não tenha preguiça de entrar no faz de conta. Introduza-se na brincadeira.

- Exagere sua voz. Use palavras engraçadas. Fale grosso. Fale fino.

- Repita o que a sua criança diz de forma correta.

- Mantenha seus olhos na altura dos olhos da criança.

- Comente o que se passa em volta.

- Coloque etiquetas nos objetos.

- Façam juntos listas de supermercado.

- Mostre mapas ao seu filho.

- Quando fizer uma pergunta espere pelo menos de 15 a 30 segundos pela resposta.

Segundo a terapeuta A. em Portugal poucos terapeutas trabalham com este método mas já existem projectos para se realizar o curso.

Para os pais de crianças com atraso de linguagem, o método Hanen disponibiliza o programa It Takes Two to Talk ®. Num confortável ambiente de grupo, pequeno, aprendem-se estratégias práticas para a construção das habilidades de linguagem da criança de uma forma natural e no dia a dia. São feitas também sessões individuais com os pais e crianças. 

Um bom guia para ajudar a desenvolver a comunicação  é o livro Mais do que palavras  cujo download pode ser feito aqui: http://omundodepeu.blogspot.pt/2009/07/ebook-autismo.html. 

Posso dizer que já aprendi muitas coisas com ele. Apesar de ser direccionado para pais de crianças com autismo, muitas dicas são perfeitamente aplicáveis a todas as crianças com atraso no desenvolvimento da linguagem.

Poderão recolher mais informação no site do Hanen Centre: http://www.hanen.org/Home.aspx

quinta-feira, 8 de agosto de 2013

Uso do Sanitário - Como ajudar o cuidador(a) a ajudar a criança com autismo neste processo.

Uso do Sanitário:

Esta é uma das questões mais comuns que chegam aos profissionais e sem dúvida é uma questão difícil de responder "meu filho irá aprender a usar o banheiro?", após receber o diagnóstico do filho(a).

Minha resposta sempre será:

- Seu filho(a) pode superar qualquer um dos desafios colocados para ele e vamos ao trabalho.


O treinamento do controle das necessidades fisiológicas é um passo importante em direção à autonomia e ao autocontrole, segundo Erikson (1950).

O melhor momento quem vai decidir é o cuidador. Como não sabemos quanto tempo teremos que realizar este processo, podemos escolher começar no Verão... lembrando que pode ser que dure mais de um verão , mais de uma primavera, para que sua criança possa deixar a fralda por completo ou não.

Torne este momento divertido!!! e mãos a obra!!


Você pode escolher começar com o pinico ou ir direto para o uso do sanitário, pode utilizar adaptadores divertidos coloridos e macio. Transmita segurança para a criança.

Dicas:

  • Deixe sua criança sem fralda e observe como ela fica quando acontece o real acidente na roupa;
  • Esteja pronta para lavar muitas e muitas roupas de baixo;
  • Se sua criança não se incomodar com o molhado, aguarde um pouco, 5 minutos acredito ser suficiente e convide-a para trocar de roupa, aproveite este momento para começar o show;
  • Mostre ao seu filho onde que ele pode fazer o xixi e / ou cocô, visto que agora não tem mais fralda;
  • Anote em um diário ou agenda , os horários do xixi e cocô, assim você saberá o intervalo que demora entre um e outro episódio e poderá se precaver;
  • Nunca brigue com a criança porque não conseguiu ir ao banheiro ou usar o penico;
  • Leve objetos de interesse da criança para se distrair enquanto usa o banheiro, pode ser: livro, Ipad, bolinhas, etc;
  •  Modele para a criança como usar o banheiro, se for menino o papai pode ajudar;
  •  Encene para sua criança usando fantoches, bonecos indo ao banheiro;
  • No meio do dia você ficou apertada e anuncia para sua criança que vai ao banheiro, combine com outros membros da casa;
  • Torne o banheiro divertido, cole adesivos na privada dos personagens favoritos;
  • Celebre todas as tentativas do seu filho, se ele olhar pro banheiro celebre, se ele entrar no banheiro celebre, se ele tocar na privada celebre e se escapar mesmo que esteja no banheiro, diga que esta tudo bem e que da próxima vez ele vai conseguir...
  • Faça a maior festa do mundo quando seu filho(a) conseguir... claro , faça a festa que ele permitir, se ele não gostar de gritos, faça uma festa animada em silêncio;
  • Utilize recursos visuais para ajudar na sequencia do uso do banheiro;
  • Nunca force a criança, aguarde o momento certo;
  • Corra com o penico pela casa e celebre se ele fizer xixi com o penico na sua mão.
Espero que as dicas tenham sido úteis neste processo tão importante.

Abaixo exemplos de recursos visuais para colar no banheiro e pela casa.















Maiores dúvidas podem me escrever. Abraços. 
Sabrina
Obs: Estas foram dicas para desfraldar durante o dia. 

Quebra-Cabeça econômico

Muita das vezes temos que improvisar... precisava de um quebra-cabeça do Pato, pode ser feito diversos.

Só imprimi a foto, pintei, recortei e passei uma fita adesiva para plastificar.



sexta-feira, 2 de agosto de 2013

ESCOLA - 10 coisas que o aluno com autismo gostaria que a professora e comunidade escolar soubessem.

Experiência na Escola:

Em uma escola pequena ou grande, o maior desafio dos acompanhantes terapêuticos é dar conta do paciente e da comunidade escolar. Em um momento de dificuldade uma mãe J. me ajudou muito,  entregando este texto e distribuindo para os professores e funcionários da escola. Um simples gesto ajudou muito na rotina de ambos, pois não recebemos mais olhares com pré-julgamentos, presenciamos aceitação, amor, carinho e compreensão.
Os comportamentos da criança com autismo eram vistos como birra, criança mal educada e mimada, é nosso dever disseminar nosso conhecimento e quebrar este paradigma. 

Obs: Acredito que também pode ser distribuído para parentes e familiares. Acredito que a leitura possa ser uma grande facilitadora neste processo terapêutico, textos curtos e que possam ser impressos e levados conosco no dia-a-dia. 

Sabrina Gomes - apreciem a leitura! bjs


O Aluno com Autismo: Dez coisas que todo aluno com autismo gostaria que a professora soubesse

1. Comportamento é comunicação
Todo comportamento acontece por uma razão. Ele conta para você, mesmo quando as minhas palavras não podem faze-lo, como eu percebo o que está acontecendo ao meu redor. Comportamento negativo interfere no meu processo de aprendizagem. Entretanto, simplesmente interromper esses comportamentos não é suficiente; ensine-me a trocá-los por alternativas adequadas de modo que a aprendizagem real possa fluir.
Comece por acreditar nisto: eu verdadeiramente quero aprender a interagir de forma apropriada. Nenhuma criança quer receber uma bronca por comportamento negativo. Esse comportamento geralmente quer dizer que eu estou atrapalhado com sistemas sensoriais desorganizados, não posso comunicar meus desejos ou necessidades ou não entendo o que se espera de mim. Olhe além do meu comportamento para encontrar a fonte da minha resistência. Anote o que aconteceu antes do comportamento: as pessoas envolvidas, hora do dia, ambiente. Um padrão emerge depois de um período de tempo.
2. Nunca presuma nada
Sem apoio de fatos uma suposição é apenas uma suposição. Posso não saber ou não entender as regras. Posso ter ouvido as instruções mas não ter entendido. Talvez eu soubesse ontem mas não consigo me lembrar hoje. Pergunte a si mesmo:
Você tem certeza que eu realmente sei como fazer o que você está me pedindo? Se de repente eu preciso correr para o banheiro cada vez que preciso fazer uma folha de matemática, talvez eu não saiba como fazer ou tema que meu esforço não seja o suficiente. Fique comigo durante repetições suficientes da tarefa até que eu me sinta competente. Eu posso precisar de mais prática para dominar as tarefas que outras crianças.
Você tem certeza que eu realmente conheço as regras? Eu entendo a razão para a regra (segurança, economia, saúde)? Estou quebrando a regra porque há uma causa? Talvez eu tenha pego um pedaço do meu lanche antes da hora porque eu estava preocupado em terminar meu projeto de ciências, não tomei o café da manhã e agora estou morto de fome.

3. Procure primeiro por problemas sensoriais

Muitos de meus comportamentos de resistência vêm de desconforto sensorial. Um exemplo é luz fluorescente, que foi demonstrado muitas vezes ser um problema para crianças como eu. O som que ela produz é muito perturbador para minha audição supersensível e o piscar da luz pode distorcer minha percepção visual, fazendo com os objetos pareçam estar se movimentando. Uma luz incandescente ou as novas luzes econômicas na minha carteira vai reduzir o piscar. Ou talvez eu precise sentar mais perto de você; não entendo o que você está dizendo porque há muitos sons “entre nós” – o cortador de grama lá fora, a Maria conversando com a Lurdes, cadeiras arrastadas, o som do apontador.
Peça à terapeuta ocupacional da escola para dar algumas idéias sensoriais que sejam boas para todas as crianças, não só para mim.
4. Dê um intervalo para auto regulação antes que eu precise dele
Um canto quieto com carpete, algumas almofadas livros e fones de ouvido me dão um lugar para me afastar quando preciso me reorganizar sem ser distante demais que eu não possa voltar para o fluxo de atividades da classe de forma tranqüila.
5. Diga o que você quer que eu faça de forma positiva ao invés de imperativa
“Você deixou uma bagunça na pia!” é apenas a afirmação de um fato para mim. Não sou capaz de concluir que o que você realmente quer dizer é: “por favor lave a sua caneca de tinta e ponha as toalhas de papel no lixo”. Não me faça adivinhar ou ter de descobrir o que eu devo fazer.
6. Tenha uma expectativa razoável
Uma reunião de todas as crianças no ginásio de esportes e alguém falando sobre a venda de balas é desconfortável e sem significado para mim. Talvez fosse melhor eu ir ajudar a secretária a grampear o jornalzinho.
7. Ajude-me a fazer a transição entre atividades
Leva um pouco mais de tempo para eu fazer o planejamento motor de ir de uma atividade para outra. Dê-me um aviso de que faltam cinco minutos, depois dois, antes de mudar de atividade – e inclua alguns minutos extra no final para compensar. Um relógio, com o mostrador simples ou um “timer” na minha carteira pode me dar uma dica visual sobre o tempo para a próxima mudança e me ajudar a lidar com o tempo mais independentemente.
8. Não torne pior uma situação ruim
Sei que embora você seja um adulto maduro às vezes você pode tomar decisões ruins no calor do momento. Eu realmente não tenho a intenção de ter uma crise, mostrar raiva ou atrapalhar a classe de qualquer outra forma. Você pode me ajudar a encerrar mais rapidamente não respondendo com um comportamento inflamatório. Conscientize-se de que estes comportamentos prolongam ao invés de resolver a crise:
Aumentar o volume ou tom de voz. Eu escuto os gritos mas não as palavras.
Imitar ou caçoar de mim. Sarcasmo, insultos ou apelidos não me deixam sem graça e não mudam meu comportamento.
Fazer acusações sem provas.
Adotar uma medida diferente da dos outros.
Comparar com um irmão ou outro aluno.
Lembrar episódios prévios ou não relacionados.
Colocar-me em uma categoria (“crianças como você são todas iguais)”.

9. Critique gentilmente
Seja honesta – você gosta de aceitar crítica construtiva? A maturidade e auto confiança de ser capaz de fazer isso pode estar muito distante das minhas habilidades atuais. Você não deveria me corrigir nunca? Lógico que sim. Mas faça-o gentilmente, de modo que eu realmente consiga ouvir você.
Por favor! Nunca, nunca imponha correções ou disciplina quando estou bravo, frustrado, super-estimulado, ansioso, “ausente” ou de qualquer outra forma que me incapacite a interagir com você.
Lembre-se que vou reagir mais à qualidade de sua voz do que às palavras. Vou ouvir a gritaria e o aborrecimento, mas não vou entender as palavras e consequentemente não conseguirei descobrir o que fiz de errado. Fale em tom baixo e abaixe-se para falar comigo, de modo que esteja falando comigo no mesmo nível.
Ajude-me a entender o comportamento inadequado de forma que me apóie, me ajude a resolver o problema ao invés de punir ou me dar uma bronca.
Ajude-me a descobrir os sentimentos que despertaram o comportamento. Posso dizer que estava bravo mas talvez estivesse com medo, frustrado, triste ou com ciúmes. Tente descobrir mais que a minha primeira resposta.
Ajuda quando você está modelando comportamento adequado para responder à crítica.

10. Ofereça escolhas reais – e apenas escolhas reais
Não me ofereça uma escolha ou pergunte “você quer…?” a menos que esteja disposto a aceitar não como resposta. “Não” pode ser minha resposta honesta para “Você quer ler em voz alta agora?” ou “ você quer usar a tinta junto com o Pedro?” É difícil confiar em alguém quando as escolhas não são realmente escolhas.
Você aceita com naturalidade o número enorme de escolhas que faz diariamente. Constantemente escolhe uma opção sobre outras sabendo que ter escolhas e ser capaz de escolher lhe dão controle sobre sua vida e futuro. Para mim, escolhas são muito mais limitadas, e é por isso que pode ser difícil ter confiança em mim mesmo. Dar-me escolhas freqüentes me ajuda a me envolver mais ativamente na minha vida diária.
Sempre que possível, ofereça uma escolha dentro do que tenho de fazer. Ao invés de dizer: “escreva seu nome e data no alto da página” diga: você gostaria de escrever primeiro o nome ou a data? Ou “qual você gostaria de escrever primeiro: letras ou números?”. A seguir diga: “você vê como o Paulo está escrevendo o nome no papel?”
Dar escolhas me ajuda a aprender comportamento adequado, mas também preciso entender que há horas em que você não pode escolher. Quando isso acontecer, não ficarei tão frustrado se eu entender o porque:
“não posso deixar você escolher nesta situação porque é perigoso. Você pode se machucar.”
“não posso dar essa escolha porque atrapalharia o Sérgio” (teria um efeito negativo sobre outra criança).
“eu lhe dou muitas escolhas mas desta vez tem de ser a escolha do adulto.”
A última palavra: acredite. Henry Ford disse: “quer você acredite que pode ou que não pode, geralmente você está certo”. Acredite que você pode fazer uma diferença para mim. É preciso acomodação e adaptação mas autismo é um distúrbio não pré fixado. Não há limites superiores inerentes para aquisições. Posso sentir muito mais que posso comunicar e a coisa que mais posso perceber é se você acredita ou não que “eu posso”. Espere mais e você receberá mais. Incentive-me a ser tudo que posso ser, de modo que possa seguir o caminho muito depois de já ter saído de sua classe.
Por Ellen Notbohn traduzido por Heloiza Goodrich